Farmacologia

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Farmacologia

Em linhas gerais, a farmacologia é a rama da medicina que estuda a origem, ação, transporte, transformação, vias de administração, apresentação, doses, indicações terapêuticas e também reações adversas. Para tanto, drogas, fármacos ou medicamentos, são substâncias químicas que introduzidas no organismo vão modificar a função de algum órgão. Para introduzir você ao conteúdo, será apresentado conceitos simples e objetivos, contudo, ao decorrer da publicação, será realizado o desenvolvimento destes temas citados.

 

A etimologia farmacologia é derivada do grego: ϕάρμακον, fármacon (“droga”), e λογία, derivado de –λόγος lógos (“palavra”, “discurso”), sintetizado em “ciência”). Por tanto, é uma ciência que está em constante evolução, atualmente podemos observar o desenvolvimento de vacinas para COVID-19, por exemplo.

PRINCIPAIS RAMAS DA FARMACOLOGIA – CONCEITO

FARMACOGNOSIA

 

Estuda a origem das drogas, podendo ser naturais, sintéticos ou semissintéticos.

 

FARMACODINÂMICA

 

Se encarrega das ações e efeitos das drogas sobre o organismo.

 

FARMACOCINÉTICA

 

Tem como objetivo compreender a absorção, distribuição, transformação e eliminação das drogas no organismo, ou seja, é a percepção do corpo sobre o fármaco.

 

FARMACOTERAPIA OU TERAPÊUTICA 

 

Estuda a aplicação dos fármacos no ser humano com finalidade de prevenir ou tratar enfermidades.

 

FARMACOTÉCNICA

 

Se encarrega da preparação das drogas para sua administração.

 

TOXICOLOGIA

 

Tem como objetivo estudar os efeitos nocivos ou tóxicos dos fármacos, assim como os mecanismos e as circunstâncias que favorecem sua aparição.

ATUAÇÃO DOS FÁRMACOS

Os fármacos só provocam nas células respostas já conhecidas por elas. Podendo provocar uma modificação em seu funcionamento pelo fato de atuar com o mesmo nível químico. Os fármacos se fixam a receptores proteicos presentes em células dianas (qualquer célula no qual um hormônio se une a um receptor) e com isso, desencadeiam uma resposta fisiológica./Users/rogeriobomjardim/Downloads/IMG_0311.JPG

 

O receptor farmacológico deve cumprir necessariamente dois requisitos básicos:

  • Afinidade pelo fármaco com que se fixa, mesmo quando houver uma concentração baixa de substancia.
  • Especificidade para poder diferenciar uma molécula de outra, mesmo se semelhantes.

FÁRMACOS AGONISTAS E ANTAGONISTAS

 

Para efetivamente haver uma ação farmacológica, é necessário que o fármaco tenha o poder de modificar a molécula receptora com o objetivo de desencadear uma resposta. Para tanto, os fármacos podem ser agonistas ou antagonistas.

 

AGONISTAS

 

Ocorre quando o fármaco se une ao receptor e desencadeia uma série de processos bioquímicos no interior da célula, ao qual vai provocar uma resposta.

 

ANTAGONISTA

 

Fármacos que se unem ao receptor, porém não o ativam, somente o bloqueiam. Este mecanismo impedem a união de outras substâncias ao receptor

INTRODUÇÃO A FARMACODINÂMICA

Se encarrega de estudar o mecanismo de ação das drogas sobre o corpo, com isso, ocasiona uma ação e seus efeitos farmacológicos.

 

AÇÃO FARMACOLÓGICA

 

É a modificação que produz uma droga em relação ao funcionamento de um órgão, podendo aumentar ou diminuir as suas funções, contudo, as drogas não criam funções novas.

 

EFEITO FARMACOLÓGICO

 

Tem relação direta das manifestações ou consequências da ação farmacológica, podendo inclusive ser observado, palpado ou medido.

 

As principais ações farmacológicas são a estimulação, depressão, substituição e ação anti-infecciosa.

  • Estimulação: como o próprio nome diz, a droga estimula as células de um determinado órgão a trabalhar mais, como exemplo: cafeína.
  • Depressão: funciona ao contrário da estimulação, neste caso, a droga faz com que as células de um determinado órgão trabalhem menos, exemplo: anestésicos, álcool.
  • Substituição: as drogas substituem a secreção de uma substancia que o organismo não está produzindo de forma satisfatória, como a insulina ou hormônios da tireoide, por exemplo.
  • Ação anti-infecciosa: as drogas ao ser introduzidas no organismo destroem ou atenua os micro-organismos, como exemplo os antibióticos.

Neste contexto, podemos citar também dois conceitos bastante importante, são eles a potência e eficácia de um fármaco. 

POTÊNCIA E EFICÁCIA FARMACOLÓGICA

A potência de um fármaco tem relação entre a quantidade de duas drogas ou mais para produzir um efeito determinado. Uma droga é considerada mais potente que outra quando para produzir o mesmo efeito, necessita de uma quantidade menor.

 

A eficácia é o efeito máximo que produz uma droga com respeito a outra de igual ação farmacológica.

FATORES QUE INFLUENCIAM O EFEITO FARMACOLÓGICO 

  • Dose: pode modificar quantitativamente o efeito farmacológico, sendo uma maior dose, um maior efeito, uma menor dose, um menor efeito.
  • Via de administração: a intensidade do efeito farmacológico depende da via ao qual o fármaco foi submetido.
  • Sinergismo: é o efeito farmacológico de uma droga sendo incrementado por uma outra, como exemplo a trimetoprim + sulfametoxazol.
  • Antagonismo: o efeito farmacológico de uma droga é diminuído pela administração de uma outra droga, como exemplo o álcool + cafeína.
  • Tolerância: é a diminuição progressiva dos efeitos de uma droga a medida que se consome de forma reiterada, com isso, vai ocorrer a necessidade de aumentar progressivamente a dose como finalidade de alcançar os efeitos iniciais. É uma característica importante da tolerância é a sua reversibilidade, ou seja, quando se abandona o consumo, se recupera de forma gradual a sensibilidade inicial.
  • Dependência: é a necessidade imperiosa de seguir consumindo uma determinada substância.
  • Vício: quando a necessidade de consumir uma droga produz fenômenos compulsivos, como mentir, roubar ou matar para poder conseguir a determinada droga.
  • Intolerância: trata-se de uma resposta indesejável, exagerada ao fármaco e ocorre mesmo com doses pequenas.
  • Alergia: é uma resposta extraordinária, anormal e completamente diferente da ação farmacológica proposta.